Realizou-se nesse último sábado, 19/09, a etapa municipal da II Conferência de Cultura. Foram discutidas as políticas públicas de cultura e encaminhadas estratégias para a Fundação Cultural de Curitiba e para as etapas estadual e nacional da conferência.
“Muita gente morre de ditadura, mas nunca vi ninguém morrer de democracia”, declarou João Ribeiro, representante do Ministério da Cultura (MinC), na plenária de abertura da II Conferência Municipal de Cultura, realizada no Memorial de Curitiba. Segundo o regimento, nas plenárias inicial e final os participantes teriam direito à voz somente por escrito. Após a circulação de abaixo-assinado contra essa postura e manifestações de representantes da sociedade civil, definiu-se que a palavra estaria aberta na plenária final.
As inscrições para a etapa municipal foram disponibilizadas somente por internet, mas devido ao baixo número de participantes, permitiu-se a inscrição no local. Estiveram presentes representantes do poder público, das classes culturais e da sociedade civil como um todo para discutir as políticas públicas de cultura, principalmente na esfera municipal. “Há questões na cidade que precisam ser garantidas por força de lei, que não são plenamente contempladas por editais”, afirmou Paulino Viapiana, presidente da Fundação Cultural de Curitiba.
Produção colaborativa
À tarde, os participantes trabalharam em Grupos de Discussão (GDs), divididos em 5 eixos temáticos: “Produção simbólica e diversidade cultural”, “Cultura, cidade e cidadania”, “Cultura e desenvolvimento sustentável”, “Cultura e economia criativa” e “Gestão e institucionalidade da cultura”. Cada eixo elegeu um delegado, com exceção do eixo “Cultura, cidade e cidadania”, que, por possuir maior número de participantes, elegeu dois delegados.
Cada GD definiu 10 estratégias: 2 de âmbito nacional, 2 de âmbito estadual e 2 de âmbito municipal para serem encaminhadas à etapa estadual, somando-se às 4 direcionadas exclusivamente à Fundação Cultural de Curitiba. “Tiramos leite de pedra”, acredita Érico Massoli, do Coletivo Soylocoporti e do Fórum Paranaense Pró-Conferência de Cultura. “As inscrições, somente por internet, foram restritivas, além do que 1 dia para discussão é muito pouco. As pessoas não participaram porque não houve divulgação efetiva. Contudo, os resultados foram gratificantes, no que se refere à escolha dos delegados e às políticas aprovadas, apesar das circunstâncias”, conclui.
Os delegados e suplentes eleitos por eixo foram:
Produção simbólica e diversidade cultural
Renato Paulo Carvalho – Titular
Michele Caroline Torinelli – Suplente
Cultura, cidade e cidadania
Loana Campos – Titular
Hany Lissa Morgenstern – Titular
Oilson Antônio Alves – Suplente
Cultura e desenvolvimento sustentável
Gustavo Roberto Gaio – Titular
Claudia Terezinha Washington – Suplente
Cultura e economia criativa
Teo Ruiz – Titular
Roberta Schwambach – Suplente
Gestão e institucionalidade da cultura
Marila Anibelli Vellozo – Titular
Oswaldo Aranha – Suplente
[…] Saiba mais sobre a II Conferência Municipal de Cultura aqui. […]
Parabéns à todos membros do coletivo que participaram da conferencia, ouvi bons comentários sobre a atuação qualificada.
Prezados companheiros,
Achei interessante a matéria acima sobre a Conferência Municipal de Cultura, porém alguns itens precisam ser esclarecidos. Eu, artista, produtor cultural, vice-presidente da Comissão Organizadora dessa conferência e membro do Conselho Muncipal de Cultura do Pr acompanhei todo o processo desde o início e ainda continuo nesse acompanhamento. É fato que não haveria direito a voz, previsto em regimento, porém quando se luta por algo, devemos ter um pouco mais de bom senso e tranquilidade. E não já partir pra 10 agredindo os organizadores e fazendo acusações injustas.. Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás .. Após a solicitação dos participantes, nós da comissão organizadora deliberamos e concedemos o direito a voz…Quanto a divulgação, não posso concordar que não houve divulgação efetiva, houve sim e o que ocorreu é o que ocorre no geral com a comunidade curitibana que no geral se omite e se esconde do frio quando mais precisamos dela..Houveram 324 inscritos, porém no dia compareceram apenas 124. Quanto a quantidade de dias para discussões também não posso concordar, pois até mesmo a Conferência Municipal de São
Paulo teve apenas um dia.
Enfim, espero ter esclarecido os fatos como eles são e não como manipulados para que pareçam ser uma vitória.
Atenciosamente,
Vice presidente da Comissão Organizadora
Zé Geraldo…..
não é mérito ter 324 inscritos e apenas 124 participantes. Pensando que Curitiba tem 2 milhões de habitantes, algo tem que estar e foi feito errado sim.
Divulgação e inscrição apenas pela internet é muito pouco pra se alcançar a proposta ambiciosa de por em primeiro plano a cultura no município.
A conferência municipal deveria ter sido alongada em pelo menos mais um dia, como foi discutido na reunião do conselho municipal de cultura e não ser feita apenas no Sábado. A própria data deveria ter sido postergada pra comportar as etapas preparatórias nos bairros. Se a cidade de São Paulo também acha que pode fazer uma conferência em 1 dia, sigo discordando!! Parece não ser apenas uma infeliz coincidência. Prefiro seguir o exemplo de Londrina, que fará uma Conferência participativa e ampla em 6 dias. O Paraná deve buscar dialogar e aprender com esse processo de debate e mobilização da comunidade cultural.
O tempo todo foi argumentado que a estrutura é cara mas o principal que era viabilizar salas para todos falarem o quanto quizesseem ficou restrito a 1h30, já que em 4 horas também era necessário eleger os delegados e sistematizar proposições dos GTs. A fragilidade ficou mais clara no eixo III, “cultura e sustentabilidade”, em que parte das estratégias foram pra plenária final com apenas 1 linha, não contemplando o debate do Gt e evidenciando apenas generalidades. A mesa de abertura tomou toda manhã, tendo os GTs pela tarde e a plenária final no abrir da noite. Pouco……
Sobre a voz falada na plenária, não foi concessão de ninguém, ou não deveria, mas sim consecução básica da constituição brasileira.
No mais, da falta de mais debate e dias para discutirmos a cultura em Curitiba, a sociedade civil, por intermédio do Fórum Pró Conferência de Cultura do Paraná, e sem precisar de anuência do poder local, organizará a conferência livre de cultura para ampliar as discussões. A sugestão ficou para o dia 24 de Outubro e aproveito tua manifestação para convidá-lo a participar desse espaço.
Gostaria de conhecer/ler o texto base que curitiba elaborou para a Conferência Municipal de Cultura.
obrigado
gostei d+ pude terar duvidas que tinha sobre cultura
com isso vou levar para minha longa jornada como delegado municipal de cultura da minha cidade MATINHA-MA..proveito para descutir objetivos para melhores condições,para memorizar culturas que hoje
encotra esquecida…