Lançada em Curitiba a Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária

A Rede reúne comunicadores e comunicadoras de vários estados brasileiros que atuam em defesa da reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais que atuam em sua defesa.

Por Anderson Moreira
Do Cefuria

lancamentoredecomreformaagrariaprO ato de lançamento da Rede aconteceu nesta quarta (23) na APP-Sindicato e contou com a presença de militantes de movimentos sociais e partidos políticos, estudantes e jornalistas.

A Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária já conta com várias adesões.

A participação é aberta a todas as pessoas interessadas e compromissadas com os valores do manifesto de lançamento.

Leia o manifesto e veja como fazer parte.

Michele Torinelli, da Comissão Paranaense Pró-Conferência de Comunicação (CPC) e do Coletivo Soylocoporti, fez um histórico da articulação e mobilização da CPC com as organizações sociais do Paraná, que representaram o Estado na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada no ano passado em Brasília.

O Paraná realizou 14 pré-conferências, como as de Comunicação e Juventude e de Comunicação e Cultura. Michele destacou ainda algumas propostas aprovadas na Confecom, entre elas a que prevê a instituição de mecanismos de fiscalização dos meios de comunicação (controle social), a que defende a inclusão na Constituição Federal da comunicação como direito humano e a criação dos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Comunicação.

Para Michele, “assim como a comunicação é um direito humano, a terra também é”. Segundo ela, a Rede de Comunicadores deverá atuar em três frentes: uma estrutural, uma que fortaleça a comunicação popular e alternativa e outra que se dedique à formação de novos comunicadores e comunicadoras.

Para Aniela Almeida, do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, os desafios da Rede são descobrir formas de fazer com que os jornalistas que atuam nos grandes veículos de comunicação do Estado se sensibilizem com as questões sociais e difundir os temas relacionados aos movimentos sociais à população em geral. Para ela, o Paraná tem um papel estratégico na atuação da Rede por ser um Estado com forte produção agrícola.

João Brant, do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação), destacou dados que justificam a criação da Rede de Comunicadores. Segundo ele, 0,91% dos proprietários de terras do país (cerca de 15 mil latifundiários) concentram 43% das áreas agricultáveis. É um contraste muito grande comparado ao que se fez de reforma agrária até hoje.

Nos meios de comunicação, Brant aponta que o quadro é de concentração e de um discurso em uníssono contra a reforma agrária. Por isso a importância de uma Rede que permita uma “coesão em torno de uma pauta comum e o trabalho conjunto” de comunicadores e comunicadoras. “Quando falamos em comunicadores não nos referimos apenas a jornalistas com diploma e radialistas com diploma, mas a um conjunto de pessoas que atuam em comunicação, como blogueiros, rádios comunitárias e outros meios”, afirma.

Para João Brant, os desafios da Rede são criar um espaço de resistência e “contra-informação” (em oposição ao que a grande mídia “informa”), e preparar os movimentos sociais para enfrentamento da CPMI da Terra.

O blog da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária é http://www.reformaagraria.blog.br.

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2 Responses to “Lançada em Curitiba a Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária”

  1. Celso Ramos disse:

    Poi é, Dona Micheli, elaborei um projeto para o Festival Cultural Sem Terrinha,”Recado para o Futuro” e por sua péssima comunicação a oficina que oferci Gratuitamente com voluntários e lep top á disposição e o restante do material já á disposição foi negligenciado e discretamente dispensado e ainda se fazendo de rogada quando expus e exclareci os fatos, fazendo-se vítima de circunstâncias de tamanha dimensão que não daria conta de tantos detalhes a serem acertados, que sempre algo escapa, desculpa pra má adimnistração, ou será competência de quem? Vai dar aula de comunicação ? será a mesma Michele?

  2. michele disse:

    Celso,

    em primeiro lugar, acho seu comentário desrespeitoso.

    Em segundo, não participei da organização do encontro sem-terrinha, por isso o tom de cobrança é completamente descabido. Colaborei na comunicação compartilhada, que permitiu a cobertura colaborativa do evento – http://festivaldeartesdara.wordpress.com/.

    Em terceiro, como trata-se de um evento colaborativo, no qual muitas pessoas trabalham voluntariamente por acreditarem numa causa e estão desenvolvendo novas práticas de construção coletiva, sugiro uma postura mais construtiva e de menos cobrança, pois não se trata de uma relaçao contratante-contratado, patrão-empregado, mas de pessoas trabalhando juntas em prol de um objetivo e de princípios comuns.

    Sugiro dialogar, e não cobrar, e com respeito.

    Atenciosamente,

    Michele.

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