Ato do Dia Nacional de Lutas reúne mais de dois mil trabalhadores paranaenses

Organizações sociais de Curitiba e Região Metropolitana mobilizam-se pela defesa de direitos trabalhistas e contra as demissões justificadas pela crise.

Manifestantes partem da Praça Santos Andrade com destino à Boca Maldita.

Manifestantes partem da Praça Santos Andrade com destino à Boca Maldita.

Nesta sexta-feira, 14 de agosto, centrais sindicais, entidades e movimentos sociais saíram às ruas de Curitiba. O ato iniciou-se com concentração na Praça Santos Andrade, seguida de passeata com destino à Boca Maldita. Mais de duas mil pessoas unificaram reivindicações e deixaram claro que o trabalhador não vai pagar pela crise. As mobilizações, ocorridas em 12 capitais brasileiras, integram a Jornada Nacional de Lutas.

Ato toma as ruas de Curitiba.

Em meio a música, teatro e outras atividades culturais, diversos setores pronunciaram-se em defesa de uma sociedade que priorize os direitos humanos. “Reunimos todas as forças populares e mostramos que a esquerda está fortalecida na sociedade brasileira. Foi um dia de luta e de protestos contra a burguesia e o capitalismo, que nada mais é que a sociedade da exploração, e esse modelo não serve para nós trabalhadores”, esclareceu Roberto Baggio, membro da coordenação estadual do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

As manifestações integradas se justificam pela divisão das perdas num sistema que monopoliza lucros. “O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entra em crise periodicamente e transforma o planeta em uma imensa ciranda financeira, com regras ditadas pelo mercado. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a Classe Trabalhadora pague pela crise”, aponta carta da Comissão Nacional de Organização da Jornada.

Interlocução entre reivindicações trabalhistas e a luta pela democratização da comunicação

Anderson Moreira, pela CPC/PR, entrevistou André Machado, do Sindicato dos Bancários. Interlocução entre reivindicações trabalhistas e a luta pela democratização da comunicação.

Anderson Moreira, pela CPC/PR, entrevista André Castelo Branco, do Sindicato dos Bancários.

A Comissão Paranaense Pró-Conferência de Comunicação (CPC/PR) agregou a questão da democratização da comunicação à Jornada, tendo em vista a repressão exercida pela mídia comercial aos movimentos sociais e a realização da I Conferência Nacional de Comunicação, cuja etapa nacional está prevista para dezembro.

Érico Massoli, do Coletivo Soylocoporti e da CPC/PR, acredita que ações unitárias colaboram na congregação do campo social. “A direita se une com extrema facilidade, no teor do capital, mas a esquerda ultimamente tem perdido essa capacidade de dialogar com os próximos em busca de uma força ainda maior. Hoje isso foi possível”, ponderou.

Reivindicações para enfrentar a crise e suas conseqüências – carta da Comissão Nacional de Organização da Jornada

• Fim das demissões
• Ratificação das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
• Fim do superávit primário
• Redução das taxas de juros
• Redução da jornada sem redução de salário
• Manutenção e ampliação dos direitos sociais e trabalhistas
• Reforma agrária e reforma urbana
• Fim do fator previdenciário
• Petrobrás e riquezas do pré-sal sob controle do povo
• Saúde, educação e moradia
• Uma lei que proíba as demissões em massa
• Continuidade da valorização do salário mínimo
• Solidariedade internacional aos povos em luta no mundo todo
• Contra o latifúndio dos meios de comunicação
• Contra a privatização dos serviços postais

Comissão Nacional de Organização da Jornada:
CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, Intersindical, Assembléia Popular, Cebrapaz, CMB, CMP, CMS, Conam, FDIM, Marcha Mundial das Mulheres, MST, MAB, MTL, MTST, MTD, OCLAE, UBES, UBM, UNE, Unegro/Conen, Via Campesina, CNTE, Círculo Palmarino.

Fontes:
• http://terrasimbarragemnao.blogspot.com/2009/08/jornada-nacional-de-luta-dos.html
• http://www.cutpr.org.br/noticia.php?id=3238

Fotos: Michele Torinelli

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2 Responses to “Ato do Dia Nacional de Lutas reúne mais de dois mil trabalhadores paranaenses”

  1. […] Veja mais sobre o ato dos trabalhadores aqui. […]

  2. Rachel disse:

    Mi, ficou bacana! Massa 😉

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