Para ver, viver e sentir a Mata Atlântica na pele, aquela mesma mata que abriga um ou outro mico-leão dourado e uns poucos jacarés-do-papo-amarelo – e da qual restam 7,3% da vegetação original -, Érico e Amarelo, associados do Coletivo Soylocoporti, aventuraram-se a percorrer de bicicleta os 697 quilômetros que separam a capital do Paraná, Curitiba, e a cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, pela costa litorânea. No itinerário, um objetivo: visitar, durante o trajeto, os mestres fandangueiros catalogados pelo Museu Vivo de Fandango, concentrados na região.
Saindo de Curitiba no sábado, 26/12, o primeiro município visitado pela dupla foi Paranaguá, no litoral paranaense, a 91 quilômetros da capital. É a mais antiga cidade do Estado, cujo centro histórico – que comporta, dentre outros pontos turísticos, uma estação ferroviária, uma estrada de ferro, velhos casarios, igrejas, museus e o próprio Porto de Paranaguá – atrai visitantes de todo o país. De lá, Érico e Amarelo seguiram à ilha Superagui, no litoral Norte do Paraná, cujo acesso é exclusivamente marítimo e se estende nas redondezas de Guaraqueçaba. A ilha é tipicamente fandangueira e caiçara: os mochileiros Érico e Amarelo tiveram um contato próximo com a cultura de Fandango, um dos pontos fortes da região.
Após passar a noite de domingo na Praia Deserta (praia de Superagui, com 37 km de extensão) eles seguiram na segunda-feira rumo à Ilha do Cardoso, já do outro lado da divisa com São Paulo. A ilha é um santuário ecológico que conserva biomas como a Mata Atlântica e o manguezal, habitada por caiçaras que sobrevivem da pesca e da cultura de subsistência e, em menor porcentagem, índios Guaranis, somando ao todo cerca de 480 habitantes.
Da Ilha do Cardoso, que também abriga um núcleo fandangueiro, eles devem seguir a Cananéia, a primeira cidade fundada no Brasil, na extensão da Baía de Paranaguá, e de lá rumo ao destino final, Paraty. Desde que saíram da capital paranaense, eles vêm seguindo a costa atlântica documentando a viagem por fotos e vídeos, para registrar a sensação de experimentar, de perto, a vida animal, vegetal e humana que se desenvolveu por ali.
PS: Sempre que conseguirmos contato e eles entrarem na web vamoa atualizar.
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Queria saber quando eles vão passar por Caraguá, se eu estiver por lá, quero encontrá-los.
Alguém dá o recado prá eles?
Abs
Cátia