Archive for dezembro, 2011

A revista “Cultura – da universidade às ruas” está disponibilizada na rede!

sexta-feira, dezembro 16th, 2011

A revista “Cultura – da universidade às ruas” já está disponível online. Trata-se de uma produção do Coletivo Soylocoporti a partir da Comunicação Compartilhada do Festival de Cultura, realizado desde 2006 em Curitiba.

Confira: http://issuu.com/soylocoporti/docs/revistafestivalcompleta

Saiba mais: http://festivaldecultura.art.br/noticias/festival-de-cultura-ganha-documentario-e-revista/

III Conferência Municipal de Cultura: para o governo federal ver

segunda-feira, dezembro 12th, 2011

Com formato que não favorece o debate das políticas municipais de cultura, conferência será realizada no final do ano para cumprir tabela. Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná convida para Conferência Livre preparatória.

Só pela data em que ocorrerá, 17 e 18 de dezembro, a III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba já poderia ser questionada. Mas há outros agravantes: os eixos de discussão propostos são focados nos produtos, esvaziando o debate político; participantes não-inscritos não têm direito a voz; e o relato da II edição da Conferência, realizada em 2009, não consta entre os textos de apoio disponibilizados pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) na página eletrônica do evento, e o mais grave, o documento não existia até então em nenhum outro espaço virtual.

A realização de conferências municipais a cada dois anos é prerrogativa para que o município faça parte do Sistema Nacional de Cultura – e receba verbas do governo federal. Esse parece ser o único motivo que leva a FCC a realizar a Conferência, sendo o debate político aparentemente uma pedra no sapato a ser evitada ao máximo pela Fundação. Pelos eixos propostos, dá para perceber o quão difícil será discutir políticas públicas de fato – eles são voltados para os produtos, de maneira tecnicista, de modo a blindar o debate político.

Inscreva-se e informe-se sobre a III Conferência Municipal de Cultura de Curitibahttp://cmc2011.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/, e participe da Conferência Livre, quinta-feira (15) às 18h30 na rua Visconde de Nácar 1388, conjunto 12.

Diretrizes temáticas

Os eixos estabelecidos para essa Conferência são: I) Patrimônio Cultural e Natural; II) Design e Serviços Criativos; III) Artes Visuais e Artesanato; IV) Livros e Periódicos; V) Audiovisual e Mídias Interativas; e VI) Espetáculos e Celebrações. Agora compare com os eixos da Conferência anterior, que aderiu às sugestões nacionais: I) Produção Simbólica e Diversidade Cultural; II) Cultura, Cidade e Cidadania; III) Cultura e Desenvolvimento Sustentável; IV) Cultura e Economia Criativa; e V) Gestão e Institucionalidade da Cultura. A partir dos eixos de 2009, conseguimos construir propostas e travar o debate. Aparentemente, isso não é desejável – ao menos é o que as escolhas dos temas dessa conferência dão a entender.

Contraditoriamente, dois dos objetivos da III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba, que constam no regimento, são:

I – Discutir a cultura com ênfase na construção de políticas transversais em nível local, regional e nacional, nos seus aspectos da memória, de produção simbólica, da gestão, da participação social e da plena cidadania;

VIII – Apresentar sugestões para a elaboração, implementação e acompanhamento do Plano Municipal de Cultura e recomendar metodologias de participação, diretrizes e conceitos para subsidiar a sua elaboração.

Voz ao povo

Na conferência passada, o regulamento não previa poder der voz aos participantes, somente por escrito. Por pressão do setor não-governamental, conseguimos reverter esse item do regimento na aprovação do mesmo, primeira etapa dos trabalhos da conferência. Esse ano o regimento prevê poder de voz e voto aos participantes, contudo os não-inscritos não têm poder a voz. Por quê? Qual a justificativa para negar a um cidadão, qualquer que seja, o direito de emitir sua opinião num espaço de construção de políticas públicas?

Sem memória

Outro ponto complicado é que entre os documentos de referência do evento, não está o relato da II Conferência Municipal de Cultura, realizada em 2009. Aliás, ele não está em nenhum lugar na internet, nem no site da FCC. Sorte que Yuki Dói, do Fórum de Dança de Curitiba, conseguiu uma cópia física como membro suplente do Conselho Municipal de Cultura, a qual escaneamos e disponibilizamos – http://issuu.com/soylocoporti/docs/conferencia_munic_2009_relatorio. Isso desvaloriza o trabalho da própria FCC, assim como o sentido da Conferência. Ou trata-se de um descuido imenso com a memória pública ou de fato não há interesse em dar continuidade, em aprofundar a construção coletiva.

Encontro preparatório

Em 2009, no processo de preparação da II Conferência, surgiu o Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná, que aglutina entidades não-governamentais em prol da democratização da cultura. O Movimento atuou na II Conferência, de modo a apresentar propostas elaboradas conjuntamente que representem pontos de vista que não os da FCC – sendo que um dos principais elementos do exercício da democracia é a manifestação da pluralidade e o confronto de ideias.

Por isso, convidamos a debater e elaborar propostas coletivas – com apenas 20 pessoas, a reunião já passa a ser considerada Conferência Livre, e assim poderemos enviar propostas diretamente para a Conferências Municipal. Participe!

Conferência Livre de Cultura de Curitiba

15/12 às 18h30 (2a chamada – 19h)
Rua Visconde de Nácar, 1388 conjunto 12

Realização:
Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná
Associação dos Compositores
Coletivo Soylocoporti
Fórum de Dança de Curitiba
Secretaria de Cultura PT-PR

Apoio: Membros dos Colegiados Setoriais e do CNPC de Música, Dança, Teatro, Culturas Populares, Artes Visuais e Literatura.

Festival de Cultura ganha documentário e revista a partir de Comunicação Compartilhada

sexta-feira, dezembro 9th, 2011

O Coletivo Soylocoporti lança o documentário e a revista Cultura – da universidade às ruas, que contam a história dos cinco anos do Festival de Cultura sob diferentes perspectivas

A partir de um acervo colaborativo de fotos, textos e material audiovisual, o Coletivo Soylocoporti produziu a revista e o documentário Cultura – da universidade às ruas”. O evento de lançamento ocorrerá na quarta-feira (14) no Centro de Criatividade do Parque São Lourenço, a partir das 18h, com finalização prevista para as 22h.

A iniciativa conta com o apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR) – além da exibição do documentário, haverá coquetel e show com as bandas Urbit e Juruá. A revista será distribuída gratuitamente.

O acervo trabalhado abarca materiais dos cinco anos de Festival – de 2006 a 2010. A cobertura colaborativa é viabilizada por meio da Comunicação Compartilhada, uma prática inspirada nas ações de comunicação do Fórum Social Mundial que busca outras formas de se produzir comunicação, com motivos alheios ao mercado, voltada ao interesse público e ao exercício do direito à comunicação.

O documentário foi produzido a partir de 35 horas de gravação, feitas por 15 colaboradores”, conta Gustavo Castro, editor do produto audiovisual. Inclusive no dia do evento todos estão convidados a cobrir em diferentes formatos e postar no blog da Comunicação Compartilhada – e quem sabe fazer parte de um próximo produto do Festival.

Comunicação Compartilhada

Comunicação Compartilhada durante o Festival de Cultura de 2009. Imagem: Michele Torinelli.

Dentro da perspectiva de um Festival plural e diverso, nada mais adequado que pensar a comunicação também de modo multifacetado. Partindo das experiências de comunicação compartilhada realizadas nos Fóruns Sociais Mundiais e após uma oficina de formação com Rita Freire, da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada, iniciou-se em 2009 um processo de formação de equipe e de método de trabalho.

Jornalistas, Pontos de Cultura, video-makers, fotógrafos, estudantes e interessados em produzir conteúdo midiático sobre as atividades do Festival foram chamados para contribuir. Mesmo durante o evento seguiu-se distribuindo panfletos chamando as pessoas para fazerem parte da cobertura. A proposta era participar do Festival não apenas assistindo às apresentações, mas contribuindo para o registro das atividades a partir do olhar de cada um.

O resultado foi a produção, durante os quatro dias do Festival de 2009, de cerca de trinta textos, vinte vídeos e mais de três mil fotos. Muito mais foi feito em 2010, e a produção da revista e do documentário “Cultura – da universidade às ruas” vem para consolidar a Comunicação Compartilhada do Festival e contar essa história, de modo que permita cada vez mais o diálogo e a expressão de diferentes pontos de vista.

Festival de Cultura

Organização do Festival de Cultura 2006 junto com a banda Mundo Livre S/A. Imagem: Acervo Soylocoporti.

Há seis anos, alguns diretórios acadêmicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) pensaram em se reunir e produzir um encontro cultural. “Ainda não tínhamos uma estratégia clara do que queríamos com tudo aquilo, um Festival de Cultura que reunisse estudantes de todos os cursos da UFPR. Mas tínhamos a certeza de que era com movimento e cultura que transformaríamos a visão do Movimento Estudantil, aglutinando gente, bagunçando os pré-conceitos, causando uma aparente desordem, mas com muita organização”, conta João Paulo Mehl, do Coletivo Soylocopori, na época do Centro Acadêmico de Administração (CEAD).

Foram reuniões, conversas, correrias, shows, oficinas, debates e improvisos – tudo regado a muita disposição e construção coletiva. De 2006 a 2008, o Festival evoluiu junto com seus organizadores e participantes. “Nos unindo numa aglutinação de estudantes de várias áreas e tendências, deixando as diferenças de lado, foi possível construir algo novo e adentrar em terras nunca antes exploradas por aquela geração universitária, que foi somando ideias e abrindo portas”, lembra Angélica Varejão, também do Soylocoporti, e que fazia parte do movimento estudantil da UFPR. A iniciativa reuniu, além de Diretório e Centros Acadêmicos, entusiastas da cultura popular e alternativa, contando com apresentações culturais, debates, oficinas e exposições.

Tenda da Cura na reitoria da UFPR. Imagem: Ivan Gama.

Em 2009, o Festival ultrapassou os muros da universidade e ocupou espaços públicos no centro de Curitiba, impulsionado pelo Pontão de Cultura Kuai Tema, iniciativa do Soylocoporti junto ao Ministério da Cultura (MinC). Nesse anos, a organização do Festival decidiu descentralizá-lo ainda mais, enfrentando mais desafios. Para além da parceria consolidada com a universidade, contou-se com o apoio do MinC e da Prefeitura de Curitiba, e os Pontos de Cultura*paranaenses somaram-se aos participantes dos outros anos.

*Pontos de Cultura são entidades reconhecidas e apoiadas financeira e institucionalmente pelo MinC que desenvolvem ações de impacto sociocultural em suas comunidades. Os Pontos são a principal ação do Programa Cultura Viva, iniciativa do Ministério da Cultura (MinC), concebido como uma rede orgânica de criação e gestão cultural. (fonte: Ministério da Cultura)

Amadurecimento

Uma barreira foi ultrapassada quando o Festival ampliou sua atuação da universidade às ruas – e o quinto Festival manteve essa proposta. Com o tema Unidade em Movimento, o objetivo dessa edição foi promover a reflexão sobre os motivos que unem os agentes da cultura popular e alternativa, assim como integrar suas perspectivas e ações. “Com menos apoio – devido à desarticulação do programa Cultura Viva por parte do MinC e o consequente estado de espera gerado no Pontão Kuai Tema (assim como em toda a rede de Pontos) – o Festival de 2010 foi feito na raça, de forma totalmente voluntária e colaborativa”, explica Michele Torinelli, do Soylocoporti.

Vale destacar que, em todas suas edições, as atividades do Festival na Universidade, nas praças e ruas de Curitiba são disponibilizadas gratuitamente para a população – sejam oficinas, debates, exposições, mostras ou apresentações culturais. Em 2009, foram mais de 130 atividades gratuitas, realizadas em locais públicos.

História

Teatro em praça pública. Imagem: Lisa Correa.

São milhares de pessoas que ao longo desses cinco anos dialogaram, desenvolveram seu olhar, mostraram sua cultura, expandiram sua arte. Centenas de pessoas que passaram pela organização do Festival, e descobriram como criar a ponte entre o ideal e o real. É um amadurecimento que aglutina universidade, estudantes, coletivos, movimentos e agentes da cultura popular. Que cria a ponte entre diversos setores da sociedade, oferecendo atividades gratuitas à população – mais de 15 mil pessoas foram atingidas ao longo desses cinco anos de Festival.

Em 2011 a organização do Festival optou por resgatar o acervo desses cinco anos produzindo um documentário e uma revista sobre o Festival de Cultura. Outra medida adotada é a formação de um Comitê Organizador permanente, que já tem se reunido e planejado o Festival de Cultura 2012, com o objetivo de profissionalizá-lo e torná-lo perene.


Serviço

Lançamento da revista e do documentário “Cultura – da universidade às ruas”

14 de dezembro (quarta-feira)

Centro de Criatividade do Parque São Lourenço (rua Mateus Leme s/n)

18h às 22h


Teaser da revista “Cultura – da universidade às ruas”: issuu.com/soylocoporti/docs/revista_teaser

Blog da Comunicação Compartilhada do Festival de Cultura: cc.nosdarede.org.br

Festival de Cultura – festivaldecultura.art.br

Coleitivo Soylocoporti – soylocoporti.org.br


Contatos

Michele Torinelli – 41 3092 0463

Editora da revista “Cultura – da universidade às ruas”

[email protected]

Gustavo Castro – 41 9622 7997

Editor do documentário “Cultura – da universidade às ruas”

[email protected]

14.12 – Lançamento da revista e do documentário “Cultura – da universidade às ruas”

quinta-feira, dezembro 1st, 2011

No dia 14 de dezembro, quarta-feira, você poderá conferir os 5 anos de história do Festival de Cultura. Venha celebrar com a gente, buscar seu exemplar da revista e assistir ao documentário “Cultura – da universidade às ruas”!

Sinta o gostinho da revista aqui.