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Princípios para uma Rede Social do FSM

quinta-feira, janeiro 26th, 2012

Memória da reunião “Princípios para uma Rede Social do FSM”

Publicado originalmente na Ciranda (http://www.ciranda.net/porto-alegre-2012/forum-de-midia-livre-2012/article/memoria-da-reuniao-principios-para)

Aconteceu neste dia 25 de Janeiro no Instituto de Educação a reunião proposta pela Ciranda para construção de uma rede social livre do Fórum Social Mundial. A atividade procurou envolver coletivos de desenvolvimento e ativistas que pensam a comunicação do Fórum para tentar estabelecer parâmetros para construção de uma rede social e um protocolo aberto de integração que permita a interconexão das diversas redes utilizadas pelos movimentos sociais, organizações e ativistas.

Rita Freire, da Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada, relatou que existe uma demanda do Conselho Internacional para construçao de uma rede social do Fórum e que esta deve ser uma das prioridades para a nova fase do processo do FSM. Em seguida, Sérgio Amadeu, sóciologo e ativista pelo Software Livre e a neutralidade da rede, apresentou seu olhar sobre a conjuntura política da internet. Amadeu conta que a Internet é uma rede caótica e que muitas vezes a grande imprensa usa disso para construir uma imagem da internet análoga a uma selva e que, por isso, é preciso botar ordem através de controle.

No entanto, a internet é sim uma estrutura de grande controle técnico, pois é estruturada por uma complexa rede de protocolos. Niguém pode entrar na internet sem aceitar instalar os protocolos necessários para essa navegação. A internet é regida pelo protocolo TCP/IP.

Para Amadeu, existem dois grandes inimigos da internet: empresas de telecomunicações e industrias beneficiárias do copyright. As últimas tentam carregar de significado negativo a capacidade de compartilhamento e trocas que a internet proporcionou, o que para Sérgio é equivocado. A industria fonográfica chama de pirataria e tenta imputar a noção de crime grave pela trocas de arquivos e informações ditas “privadas”. No entanto, a analogia não se aplica, pois quando se reproduz um bem material que é regido pela lei da escassez e que a sua cópia não necessariamente é a reprodução identica do bem, para os dados digitais a cópia recria milhares de vezes a mesma obra e informação de forma identica numa lógica de abundância.

Por fim, Sérgio Amadeu apresentou a questão colocada sobre a proposta de lei estadunidense conhecida como SOPA (Stop Online Privacy Act – Ato para parar a pirataria online) e PIPA (PROTECT IP Act – Ato para proteção de IP). Sérgio faz uma analogia desta lei ao bloqueio econômico imposto a Cuba desde a década de 1960. Caso o SOPA e o PIPA passem no congresso estadunidense, as consequências do ato não se restringiriam só àquele país, mas produziria consequências globais. O SOPA prevê que empresas estadunidenses poderiam acionar a justiça contra qualquer site no mundo que reproduzir conteúdo com direitos autorais protegidos , produzindo embargos de trânsito de rede e acesso à rede para estes sites (sem prévio julgamento do mérito). Além disso, o ato prevê que as organizações que produzirem conteúdo “ilegal” seriam proibidas de manter relações comerciais com empresas com sede nos Estados Unidos. Neste sentido, é um bloqueio digital que se transforma num bloqueio econômico também.

As consequências disso seriam trágicas para a internet. Pensando que 70% dos dados da rede passam por backbones localizados nos EUA, isso quer dizer que se um site é bloqueado ou impedido de trafegar por estes backbones, eles também são limitados de operarem não só dentro dos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Um pessoa que buscasse um site “ilegal” no google, por exemplo, teria seu resultado para este site negado, pois o google seria obrigado a bloqueá-lo e ocultá-lo por consequência dessa lei. Para não ficarmos vulneráveis a legislações externas, a infraestrutura continua sendo o grande problema. Dependemos da infraestrutura de rede e quem controla a infra-estrutura pode controlar o tráfego, imputando vários pedágios na via. Por isso a importância de se lutar pela neutralidade da rede.

Após as explanações seguiu-se um amplo debate sobre a construção de uma alternativa livre para implementar uma rede social dos atores em torno do FSM. Seguem alguns pontos levantados no debate:

  • As grandes corporações manipulam informações, restringindo o acesso ou cedendo-as para terceiros a partir de interesses privados. Por isso é importante construir nossas redes e sermos soberanos no uso de nossas próprias informações;
  • Infraestrutura se resolve com controle público, e aí existe uma disputa política. É preciso controlar as grandes corporaçõess. A ONU não discute o poder das grandes corporações;
  • O conceito de redes federadas apresentada pela Colivre é uma alternativa para constituir a unidade na articulação e as diversas redes dos movimentos passarem a falar uma mesma língua e compartilhar informações entre elas. Para isso, é importante constituir um pacto de regras para o compartilhamento de informaçoes e a definição de protocolos de comunicação que permitam a fácil integração computacional entre as diversas redes. Um exemplo citado para isso é a ostatus.net;
  • A Colivre apresentou uma sugestão de rede social para o FSM disponível em fsm.colivre.net baseada no Noosfero;
  • Chamou-se a atenção para três desafios para se constituir uma rede social do Fórum: o desafio tecnológico, relativo a consenso de padrões tecnológicos para integração e uma solução que atenda às demandas; o desafio cultural, que diz respeito ao convencimento do uso dessa ferramenta como prioridade, substituindo formas convencionais de comunicação e articulação; e o desafio pedagógico, que diz respeito a esses atores aprenderem e se apropriarem da ferramenta e difundirem o conhecimento de uso;
  • É importante distribuir as redes federadas de forma que a rede busque o retorno às unidades computacionais mínimas. Como exemplo, foi citado o modelo do e-mail como o serviço federado mais popular do mundo. Este serviço é constituído por milhões de servidores espalhados pelo planeta e poderia ser, inclusive, instalado na casa das pessoas. Ele não trabalha num modelo de centralização, mas de distribuição, e é justamente isso que o torna tão eficiente. A constituição de uma rede social federada teria também o desafio de replicar o recurso na sua mínima unidade;
  • A ethymos apresentou sua proposta em fase final de desenvolvimento que é o Delibera. Um instrumento para facilitar os processos de discussão e deliberação dentro das organizações sociais e que pretende substituir o modelo de discussão com base em listas de email. A ethymos entende que é mais importante o fortalecimento da comunicação das e entre as organizações do que a criação de uma nova rede social.

No encerramento da atividade, tivemos a contribuição de Francisco Whitaker, arquiteto e ativista social presente na construção do FSM desde a sua primeira edição, que expôs a comunicação e o envolvimento de cada vez mais atores no processo do fórum, como o grande desafio do FSM para a próxima edição. Para expor sua analogia, Whitaker citou uma frase recorrente nos protestos de Nova York que diziam “nós [o povo] somos 99%, vocês [os ricos] são 1%”. Como muitas vezes acabamos falando para nós mesmos e criando círculos que têm muita dificuldade para permitir a adesão de cada vez mais pessoas, muitas vezes nós, atores de um outro mundo possível, acabamos sendo outro 1% e não os 99%. Se pensarmos na maior manifestação da história, no dia de lutas contra a guerra no dia 15 de fevereiro e 2003, que reuniu 15 milhões em todo o mundo, ainda assim não alcançamo o número de 1% da população mundial. Dos demais 98% uma parte nao consegue nem falar: 40% por causa de fome e uma parte porque está satisfeita com a vida como ela está, outra parte não tem acesso a estruturas para se fazer ouvir. É preciso lutar para que cada vez mais pessoas tenham acesso às ferramentas de comunicação para se expressar, mas que estas também tenham acesso para poder ter conhecimento sobre tudo aquilo que nos pôs engajados para a luta social.

Nós estamos sempre fechados em nossos grupos, não dialogamos com as otras pessoas. Precisamos contar para essas pessoas o que nos contaram, o que nos fez engajarar-nos nas lutas que defendemos, na ação de transformação do mundo. Criar redes de internet pra conversarmos entre nós, não vai mudar nada. As novas redes sociais que o processo do Fórum venha a fomentar devem inventar novas formas de falar para cada vez mais pessoas, e incluir cada vez mais atores no processo de construção de um outro mundo possível.

Convidamos todos e todas a colaborarem com o documento que está sendo acumulado através dos debates no Fórum Social Temático e que deve se estender para Fórum de Mídia Livre que acontece nesta sexta e sábado na Casa de Cultura Mário Quintana em Porto Alegre (sobre esse tema específico o FML reservou uma mesa de discussão na sexta às 17h). O link para o documento que está sendo preparado está disponível em http://pontaopad.me/documento-redes…

Confira a programação completa do Festival de Cultura

sábado, novembro 20th, 2010

Confira aqui: http://festivaldecultura.art.br/programacao/

Divulgue – Festival de Cultura 5 anos

segunda-feira, novembro 15th, 2010

logofestivalbaixaAjude a divulgar o Festival da Cultura 5 anos!

Há várias maneiras de envolver seus amigos no Festival – seja por twitter, orkut, facebook ou email.

Confira aqui e seja parte dessa Unidade em Movimento!

Festival de Cultura – 5 anos: inscreva-se!

quarta-feira, outubro 27th, 2010

PROPOSTAS DE ATIVIDADES CULTURAIS

Unidade em Movimento

É com alegria e motivação que convidamos a todos os interessados em fortalecer os laços da cultura alternativa, popular e contra-hegemônica a construir o Festival de Cultura – 5 anos. A iniciativa pretende integrar os grupos, pontos e entidades culturais por meio de mostras, celebrações, rodas de conversa e oficinas artísticas dos mais variados gêneros. O objetivo é ser mais que um festival de apenas apresentações culturais, buscando fortalecer as articulações entre as iniciativas culturais, a sua organização colaborativa por meio de rede e o amadurecimento de posicionamentos políticos em questões referentes à cultura.

Nessa edição comemorativa de 5 anos, acreditamos ser importante refletir sobre os motivos que nos unem e o fortalecimento da rede, para que vá além de eventos específicos e passe a atuar organicamente. O saldo mais importante que o Festival de Cultura deixou nesses 5 anos de existência foi proporcionar o encontro dos mais diversos grupos culturais para ação coletiva em torno da realização de um festival diferente. Um festival que valoriza a diversidade e busca proporcionar o diálogo entre as mais diversas linguagens artísticas, estilos e estéticas em contraposição a uma cultura de massas hegemonizante.

Convocamos todos aqueles que se dedicam a pensar e construir um mundo melhor por meio de princípios de solidariedade e práticas colaborativas, visando a integridade humana e a cura do planeta, a participar desse grande encontro. No intuito de tornar o Festival o mais plural e diverso possível, é que se abre esta convocatória para a seleção dos grupos e atividades culturais que comporão sua programação. Inscreva-se e ajude a construir uma unidade cada vez mais diversa!

Das regras e condições

1. O prazo para apresentar propostas de participação no Festival de Cultura – 5 anos vai até às 18h do dia 05 de novembro de 2010. O formulário online pode ser preenchido aqui: https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dEVyRmZBWkNWNTFuemQtZVZ6ZlpxNkE6MQ

2. A organização do Festival entrará em contato com os responsáveis por cada atividade cuja realização seja viável, avaliando datas e horários de participação, de acordo com cronograma do evento e as correlações das atividades entre si. Portanto, preencham os dados para contato com cuidado, pois eles serão essenciais para a comunicação com o proponente. Indicamos que grande parte das oficinas e rodas de conversa estará concentrada no dia 27.11, sábado, nos períodos da manhã e tarde. Lembramos também que as atividades de sexta e sábado ocorrerão na praça Santos Andrade. Já a festa de encerramento, no domingo, ocorrerá na Casinha (próx. Museu Oscar Niemeyer).

3. Cada proponente pode enviar mais de uma proposta de atividade.

4. No ato do envio da proposta, os grupos e artistas concordam em ceder sua imagem e materiais para a divulgação e promoção do Festival de Cultura – 5 anos, assim como de suas futuras edições.

5. Os grupos selecionados constarão nos materiais de divulgação oficial do evento, bem como terão seus trabalhos expostos no site do Festival de Cultura. Poderão, ainda, divulgar seu trabalho em um blog agregado ao do Festival.

6. Os grupos selecionados farão parte dos materiais de assessoria de imprensa do Festival, podendo ser chamados a participar de eventos de divulgação e promoção do mesmo.

7. A organização do Festival será responsável por alocar um espaço físico para as atividades com estrutura pré-definida para sua realização (poderá vir a pedir colaboração dos propositantes no que tange à estrutura de sua atividade), bem como incluí-las na divulgação oficial do evento.

8. Os responsáveis pelas atividades culturais deverão se apresentar ao Coordenador de Programação do Festival de Cultura – 5 anos com, no mínimo, uma hora de antecedência da realização de sua atividade, para confirmação de local e estrutura.

9. Todos os realizadores de atividades receberão certificados de execução, bem como serão ofertados certificados de participação nas oficinas, debates e vídeo-debates.


Qualquer dúvida, entre em contato: festivaldecultura@soylocoporti.org.br

Venha construir o Festival de Cultura – 28/09 – 19h

segunda-feira, setembro 27th, 2010

Festival de Cultura – 5 anos: reunião organizativa acontece terça-feira (28), a partir das 19 horas. Venha, dê sua idéia e contribua!

É com alegria e motivação que convidamos a todos os interessados em fortalecer os laços da cultura alternativa, popular e contra-hegemônica a construir o Festival de Cultura – 5 anos. A iniciativa pretende integrar os grupos, pontos e entidades culturais por meio de mostras, celebrações, debates e oficinas artísticas dos mais variados gêneros. O objetivo é ser mais que um festival de apenas apresentações culturais, buscando fortalecer as articulações entre as iniciativas culturais, a sua organização colaborativa por meio de rede e o amadurecimento de posicionamentos políticos em questões referentes à cultura.

Nessa edição comemorativa de 5 anos, acreditamos ser importante refletir sobre os motivos que nos unem e o fortalecimento da rede, para que vá além de eventos específicos e passe a atuar organicamente. Diferentemente da edição de 2009, esse ano não contamos com verba para o evento – portanto, convidamos todos a atuar de forma ativista – o que, apesar das limitações que isso representa, estimula o fortalecimento de uma rede que esteja conectada por princípios, práticas e objetivos, não por interesses individualistas e mercadológicos.

Venha construir o Festival de Cultura!

Compareça ao encontro organizativo!

Rua Comendador Macedo 175 ap 01

(Esq. com Mariano Torres, ao lado da Papa Pão)

28/09 – terça-feira – 19h


Histórico do Festival

Realizado anualmente há quatro anos, o Festival é fruto da parceria entre o Coletivo Soylocoporti, a Universidade Federal do Paraná e seus centros e diretórios acadêmicos. Nas edições de 2006, 2007 e 2008, o festival tornou-se um evento ideal para apreciação das manifestações étnico-culturais paranaenses e nacionais. A diversidade de participantes demonstrou a possibilidade de diálogo e interculturalidade entre as várias formas de expressão presentes.

Em 2009 o Festival chegou à sua quarta edição, e a proposta foi expandí-lo para além dos limites da universidade, inserindo grupos culturais de todo o estado e o debate sobre a cultura exatamente com quem faz cultura no Paraná.

Confira:

http://festivaldecultura.art.br/

http://cc.nosdarede.org.br/

Queremos o Conselho Estadual de Cultura!

sexta-feira, setembro 17th, 2010

Manifestantes seguiram da praça Santos Andrade à Secretaria Estadual de Cultura nesta quinta (16)

Por Michele Torinelli

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“Chega de bobeira, chega de firula, queremos o Conselho Estadual de Cultura” – com essa reivindicação, representantes da classe artística paranaense e da cultura popular percorreram o centro de Curitiba nessa quinta (16).

O Paraná figura entre os três únicos estados do país que não possuem conselho estadual de cultura, ao lado de Minas Gerais e Rondônia. Recentemente o Ministério da Cultura chamou a atenção desses estados, sendo que a existência do conselho é premissa para que recebam verba do Plano Nacional de Cultura, segundo o qual 2% do PIB nacional será destinado à cultura (os estados e municípios que aderirem devem repassar 1,5% e 1% para para a área, respectivamente).

Outra reivindicação do movimento cultural do Paraná é que seja assinado o convênio estadual do programa cultura viva, cumprindo a promessa de implantação de 70 pontos de cultura no estado.

Os grupos Voa Voa Maracatu Brincante e Estrela do Sul animaram a manifestação

Os grupos Voa Voa Maracatu Brincante e Estrela do Sul animaram a manifestação

Além da pauta política, o ato contou com teatro de bonecos e maracatu. Como a secretária de cultura do estado, Vera Mussi, não estava presente no momento em que os manifestantes chegaram à secretaria, incumbiu-se uma comissão responsável por protocolar as reivindicações populares. Os documentos foram entregues à secretaria, à Assembleia Legislativa e ao governador do Paraná.

Confira outras imagens aqui.

Debate: internet, acesso e participação

segunda-feira, julho 5th, 2010
Debate: internet, acesso e participação - quarta-feira, 19 horas, APP Sindicato

Debate: internet, acesso e participação - quarta-feira, 19 horas, APP Sindicato

Pontão Focu vem ao Paraná para rodada de formação em audiovisual

quarta-feira, junho 30th, 2010

Pólos Curitiba e Londrina – Estão abertas as inscrições para oficinas complementares

Estão abertas as inscrições para as oficinas do Focu – Pontão Fomento Cultural nos pólos Curitiba e Londrina. As vagas são abertas aos pontos de cultura e demais interessados.

Em Curitiba serão ministradas as oficinas de Direção de Arte, Documentário e Trilha Sonora, de 05 a 10 de julho, no turno da noite das 18h30 às 22h30. O local será confirmado em breve.

Já em Londrina serão disponibilizadas as oficinas de Animação, Documentário e Produção e Gestão de Projetos Audiovisuais, de 12 a 17 de julho, no turno da noite das 18h30 às 22h30. O local será confirmado em breve.

As vagas são limitadas e gratuitas.

Informações completas e inscrições no site da TV OVO.

Acesse o site e conheça o Pontão de Cultura Focu.

Aguardamos sua inscrição!

Atenciosamente
Priscila Costa
Focu – Pontão Fomento Cultural

Lançada em Curitiba a Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária

domingo, junho 27th, 2010

A Rede reúne comunicadores e comunicadoras de vários estados brasileiros que atuam em defesa da reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais que atuam em sua defesa.

Por Anderson Moreira
Do Cefuria

lancamentoredecomreformaagrariaprO ato de lançamento da Rede aconteceu nesta quarta (23) na APP-Sindicato e contou com a presença de militantes de movimentos sociais e partidos políticos, estudantes e jornalistas.

A Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária já conta com várias adesões.

A participação é aberta a todas as pessoas interessadas e compromissadas com os valores do manifesto de lançamento.

Leia o manifesto e veja como fazer parte.

Michele Torinelli, da Comissão Paranaense Pró-Conferência de Comunicação (CPC) e do Coletivo Soylocoporti, fez um histórico da articulação e mobilização da CPC com as organizações sociais do Paraná, que representaram o Estado na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada no ano passado em Brasília.

O Paraná realizou 14 pré-conferências, como as de Comunicação e Juventude e de Comunicação e Cultura. Michele destacou ainda algumas propostas aprovadas na Confecom, entre elas a que prevê a instituição de mecanismos de fiscalização dos meios de comunicação (controle social), a que defende a inclusão na Constituição Federal da comunicação como direito humano e a criação dos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Comunicação.

Para Michele, “assim como a comunicação é um direito humano, a terra também é”. Segundo ela, a Rede de Comunicadores deverá atuar em três frentes: uma estrutural, uma que fortaleça a comunicação popular e alternativa e outra que se dedique à formação de novos comunicadores e comunicadoras.

Para Aniela Almeida, do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, os desafios da Rede são descobrir formas de fazer com que os jornalistas que atuam nos grandes veículos de comunicação do Estado se sensibilizem com as questões sociais e difundir os temas relacionados aos movimentos sociais à população em geral. Para ela, o Paraná tem um papel estratégico na atuação da Rede por ser um Estado com forte produção agrícola.

João Brant, do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação), destacou dados que justificam a criação da Rede de Comunicadores. Segundo ele, 0,91% dos proprietários de terras do país (cerca de 15 mil latifundiários) concentram 43% das áreas agricultáveis. É um contraste muito grande comparado ao que se fez de reforma agrária até hoje.

Nos meios de comunicação, Brant aponta que o quadro é de concentração e de um discurso em uníssono contra a reforma agrária. Por isso a importância de uma Rede que permita uma “coesão em torno de uma pauta comum e o trabalho conjunto” de comunicadores e comunicadoras. “Quando falamos em comunicadores não nos referimos apenas a jornalistas com diploma e radialistas com diploma, mas a um conjunto de pessoas que atuam em comunicação, como blogueiros, rádios comunitárias e outros meios”, afirma.

Para João Brant, os desafios da Rede são criar um espaço de resistência e “contra-informação” (em oposição ao que a grande mídia “informa”), e preparar os movimentos sociais para enfrentamento da CPMI da Terra.

O blog da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária é http://www.reformaagraria.blog.br.

Machaq Mara em Curitiba

sexta-feira, junho 18th, 2010

Car@s herman@s,

convidamos tod@s a comemorar o Machaq Mara, o ano novo andino, na próxima segunda-feira. Trata-se da maior festa dessa cultura, realizada no solstício de inverno. Simboliza o fim de um ciclo e o início de outro, tanto da terra quanto da vida como um todo.

Compartilharemos alimentos, música e alegria  – toda contribuição será bem-vinda.

Venha celebrar a vida e a cultura latinoamericana conosco!!

Segue o panfleto com maiores informações.

cartaz